Sétima Arte: Abril Despedaçado

Segue a coluna sétima arte, a proposta é que a cada semana, em especial nos dias de sábado, nós possamos bater um papo sobre Cinema, sobre filmes que de certa forma tenham relevância dentro de um contexto transformacional, sobre o Brasil, sobre a Bahia, sobres os variados filmes estrangeiros, enfim, que possamos discutir sobre as diversas possibilidades que o cinema pode exprimir em um roteiro, imortalizando grandes figuras artísticas e intelectuais.
Naturalmente, queremos que todos possam também escrever críticas a respeito de filmes clássicos ou modernos, convido todos a se apossarem desse espaço de debate franco e aberto.

Mande-nos um email, com sugestões, textos ou críticas.
corvalenca@gmail.com

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É a história de uma disputa sem fim entre duas famílias do interior nordestino. Tonho (Rodrigo Santoro) deve vingar o nome da sua família matando o filho mais velho da rival, que matou antes um membro de sua família. Mas ele sabe que, assim que realizar a vingança, com a chegada da próxima lua cheia, ele também será morto, e não há nada que os chefões das famílias façam nem queiram fazer para este ciclo ter fim. Quando a camisa manchada de sangue do morto anterior amarelar, é a hora da vingança.

Premiações
– Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

– Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

– Recebeu 5 indicações ao Prêmio Adoro Cinema 2002, nas seguintes categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Ravi Lacerda), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Capa, Melhor Fotografia e Melhor Ficha de Filme.

Curiosidades

– O diretor Walter Salles teve a ideia de levar o livro Abril Despedaçado aos cinemas há 3 anos, quando o leu em meio ao lançamento de Central do Brasil

– Apesar de ter sido o representante brasileiro na disputa do Oscar’2002, Abril Despedaçado apenas chegou aos cinemas brasileiros em 2002. O filme foi exibido durante uma semana em uma sala de cinema de Salvador em outubro de 2001, para que tivesse condições de ser escolhido como representante brasileiro ao Oscar. Após a indicação o filme foi lançado nos Estados Unidos ainda em 2001 e, após a cerimônia do Oscar, foi lançado no Brasil.

– Abril Despedaçado é livremente inspirado no livro homônimo do escritor albanês Ismail Kadaré. A adaptação para o cinema foi realizada por Walter Salles, Sérgio Machado e Karim Aïnouz, e as filmagens aconteceram entre agosto e setembro de 2000 nas cidades de Bom Sossego, Caetité e Rio de Contas, interior da Bahia.

– Como em Terra Estrangeira e Central do Brasil, Abril Despedaçado reúne em seu elenco atores profissionais e não-profissionais. Na preparação dos atores, Walter Salles contou com a colaboração do diretor assistente Sérgio Machado e do ator Luiz Carlos Vasconcelos. A direção de fotografia é de Walter Carvalho e a música de Antônio Pinto, com a colaboração de Ed Côrtes e Beto Villares, e a participação especial de Siba, do conjunto pernambucano Mestre Ambrósio

Sétima Arte: Farenheit 451

Segue a coluna sétima arte, a proposta é que a cada semana, em especial nos dias de sábado, nós possamos bater um papo sobre Cinema, sobre filmes que de certa forma tenham relevância dentro de um contexto transformacional, sobre o Brasil, sobre a Bahia, sobres os variados filmes estrangeiros, enfim, que possamos discutir sobre as diversas possibilidades que o cinema pode exprimir em um roteiro, imortalizando grandes figuras artísticas e intelectuais.
Naturalmente, queremos que todos possam também escrever críticas a respeito de filmes clássicos ou modernos, convido todos a se apossarem desse espaço de debate franco e aberto.

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Num futuro hipotético, os livros e toda forma de escrita são proibidos por um regime totalitário, sob o argumento de que fazem as pessoas infelizes e improdutivas.
Se alguém é flagrado lendo é preso e “reeducado”. Se uma casa tem muitos livros e um vizinho denuncia, os “bombeiros” são chamados para incendiá-la. Montag é um desses bombeiros. Chamado para agir numa casa “condenada”, ele começa a furtar livros para ler. Seu comportamento começa a mudar, até que sua mulher, Linda, desconfia e o denuncia. Enquanto isso, ele mantém amizade com Clarisse, uma mulher que conhecera no metrô.
Ela o incentiva e, quando ele começa a ser perseguido (e morto, segundo a versão televisiva oficial), ela o leva à terra dos homens-livro, uma comunidade formada por pessoas que memorizavam seus livros e também eram perseguidas. Essas pessoas decoravam os livros, para publicá-los quando não fossem mais proibidos, e os destruíam.

Sétima Arte: Eles não usam Black-Tie

Hoje estreia a coluna Sétima Arte, a proposta é que a cada semana, em especial nos dias de sábado, nós possamos bater um papo sobre Cinema, sobre filmes que de certa forma tenham relevância dentro de um contexto transformacional, sobre o Brasil, sobre a Bahia, sobres os variados filmes estrangeiros, enfim, que possamos discutir sobre as diversas possibilidades que o cinema pode exprimir em um roteiro, imortalizando grandes figuras artísticas e intelectuais.
Naturalmente, queremos que todos possam também escrever críticas a respeito de filmes clássicos ou modernos, convido todos a se apossarem desse espaço de debate franco e aberto.

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Eles Não Usam Black-tie é um filme brasileiro de 1981, dirigido por Leon Hirszman, com fotografia de Lauro Escorel e baseado na peça homônima, de Gianfrancesco Guarnieri.

Sucesso de bilheteria, o filme conta a história de uma casal de namorados, Tião (Carlos Alberto Riccelli) e Maria (Bete Mendes), que ao saber que irão ter um filho, resolve se casar. Com muita esperança planejam uma nova vida para que possam dar de tudo à criança que vai nascer. No entanto, um movimento grevista estoura na fábrica onde eles trabalham em São Paulo e a felicidade dos dois começa a desmoronar.

Esse movimento divide os operários da fábrica. Pensando no casamento e no bem-estar do casal, Tião decide furar a greve e continuar trabalhando, entrando em conflito com seu pai Otávio (Gianfrancesco Guarnieri), o líder do movimento, um sindicalista preso nos tempos do Regime Militar.

O filme mostra o contraste entre os personagens, enquanto o pai Otávio esteve preso, o filho Tião foi criado pelos padrinhos. O pai sempre foi solidário com a classe, enquanto o filho é individualista e seu objetivo sempre foi subir na vida.

Tem conotação política mostrando a transição da época da ditadura e o começo da democracia, no inicio dos anos 80, e temáticas sociais como o sindicalismo e organização da classe operária. O filme traça também um panorama neo-realista das favelas brasileiras e aponta o abismo social existente entre periferia e burguesia nos grandes centros brasileiros, fazendo crer que esta distância tinha mais a ver com caráter (ou a falta dele) do que com fatalismo socio-econômico.
Ainda trabalha no filme Fernanda Montenegro fazendo a personagem Romana, esposa de Otávio, uma mulher deslumbrante que zela por todos, uma mistura de afeto e autoritarismo. Fazendo jus a uma característica marcante do filme: onde os homens dependem das mulheres.

O filme foi premiado no Festival de Veneza, na Itália, com o Leão de Ouro, o Fipresci e o Grande Prêmio Especial do Júri; no festival de Havana (Cuba) com o Prêmio Grand Coral e pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Gianfrancesco Guarnieri recebeu o Troféu APCA na categoria de “Melhor Ator”.